quinta-feira, 7 de abril de 2011

Eu queria ter um escravo

  Eu queria ter um escravo. Não interessa a cor dele, eu queria ter um escravo pra fazer por mim as coisas que eu morro de preguiça de fazer.
-Ei escravo, o gato cagou no sofá de novo! Vai lá limpar!
“PÁ”
-AU! Pra quê isso? Eu já tava indo!
-É que eu ainda tô invocado porque o Rogério Sêmen fez seu centésimo gol em cima do Corinthians e preciso descontar a raiva em alguém!
“PÁ”
-Que vida foda! Como foi mesmo que isso me aconteceu?
-Foi só de ruindade! A porta tava aberta, o infeliz poderia ter cagado lá fora!
-Não, pô! Tô perguntando como foi que eu virei teu escravo!
-Eu já te disse: teu pai tava tão confiante naquele pipoqueiro do Gaymar que ele te apostou que o Santos ganhava do Corinthians!
-É foda!
-Foda é que eu te perdi pro meu vizinho, apostando que o Corinthians iria ganhar do São Paulo!
-Porque todo mundo me aposta, hein?
-Sei lá!
-Pelo menos eu não vou ter mais que limpar merda de gato!
-Acontece que ele tem 2 gatos e eu também apostei os meus com ele! Agora você terá que limpar o dobro de merdas!
-NÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOO! POR QUÊ?
-Por causa daquele tabu idiota que me deixou confiante demais!
-Eu não tava perguntando “POR QUÊ?”! Era só um “POR QUÊ?” dramático! Tipo um “KHAAAN !” do Jornada nas Estrelas II: A Ira de Khan!

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