Ainda bem que meu pai nunca teve um cachorro de estimação. Eu digo isso porque meu pai foi criado pra ser machão e não demonstrar seus sentimentos (pois na época dele demonstrar os sentimentos era considerada uma coisa tão gay quanto colocar um pênis na boca), mas essa regra escapava aos cães. Com cães, você poderia demonstrar seus sentimentos à vontade e é por isso que eu dou graças a Deus (Só pra deixar claro: eu sou ateu. Só digo “graças a Deus” porque “graças à... Nada! Não tem ninguém lá em cima” seria uma coisa ridícula) que meu pai nunca teve um cão de estimação, pois seria foda eu ver meu pai abraçando o cão por ter trazido pra ele um graveto que ele atirou e depois eu entregar uma prova em que eu tirei 10 e ganhar só um aperto de mão (Isso nunca aconteceu. Eu nunca tirei 10). Mas eu não dou graças a Deus por causa da minha saúde psicológica. Eu dou graças a deus pela saúde do pobre animal. Hoje eu entendo porque meu pai não me abraçava muito (Na verdade ele só me abraçava se eu acabasse de sair de uma situação de vida ou morte, como quase me afogar. Aliás, acho que é por isso que ele me pôs na natação. Não foi pra que eu aprendesse a nadar, foi pra que não ocorresse a situação de eu quase me afogar e ele ter que me abraçar), mas quando eu era criança, eu não entendia e aí o pobre cachorro iria sofrer por causa disso!
-Ladrão de pai!
“PÁ”
-CAIIIIN! CAIIIIN! CAIIIIN!
P.S.: Lembre-se que nada nesse blog deve ser levado a sério. Não venha me mandar mensagens de consolo. Um dos motivos de eu não fazer muitos textos assim é justamente porque quando eu fazia esse tipo de texto para as minhas amigas, elas ao invés de rirem no final do texto, ficavam era me enchendo o saco:
-Ôôô! Tadinho! Você quer um abraço?
-Hã? NÃO! Isso aqui é só um texto e ...
-Vamos dar um abraço nele! Venham, meninas, vamos dar um abraço grupal!
-Saco! Se os peitos de vocês não estivessem na minha cara, eu ficaria muito puto...
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